O município de Iguaí amarga um dos piores desempenhos da Bahia no mais recente levantamento do IFDM (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal), divulgado recentemente com base nos dados consolidados de 2023. Com nota geral de apenas 0.3970 em uma escala que vai de 0 a 1, Iguaí ocupa a 398ª posição entre os 417 municípios baianos, permanecendo atolada na faixa de desenvolvimento crítico, a pior da classificação.
A realidade que salta aos olhos é outra: educação estagnada, saúde debilitada e um progresso socioeconômico que ainda não chegou na mesa da população.
O principal avanço foi registrado no setor de Emprego & Renda, cujo índice saltou de 0,3318 para 0,4263. Mas o que parece positivo esbarra na estagnação quase absoluta da educação, que em dez anos cresceu apenas 0,0944 pontos, um número que soa como um deboche frente aos desafios enfrentados pelas escolas públicas da região. Na saúde, o cenário é ainda mais grave: mesmo com um leve crescimento, Iguaí ostenta uma nota de 0,3892, ficando entre os piores indicadores de saúde da Bahia.
O retrato da cidade expõe um abismo entre números e realidade. Para muitos moradores, não basta “melhorar” nos gráficos, se na prática faltam médicos, escolas estruturadas e oportunidades reais. Enquanto isso, a Bahia como um todo segue em alerta: 95,4% dos municípios estão em situação de desenvolvimento baixo ou crítico, e nenhum atingiu o status de alto desenvolvimento.
O IFDM, ferramenta considerada uma das mais confiáveis no monitoramento do progresso municipal no Brasil, escancara uma dura verdade: o desenvolvimento chegou… mas não para todos. Em Iguaí, o povo segue esperando que as estatísticas deixem de ser apenas números frios, e se transformem, de fato, em dignidade.
O IFDM é calculado com base em dados oficiais e varia de 0 a 1. Notas entre 0,4 e 0,6 indicam desenvolvimento baixo; entre 0,6 e 0,8, moderado; e acima de 0,8, alto desenvolvimento.
Fonte: IFDM – Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal
